9.- Estradas.
No início da colonização de Forquilhinha não
havia estrada que merecesse essa denominação. Eram simplesmente picadas, caminhos
tortuosos e lamacentos. Todos abertos pelos moradores, que se iam filtrando por
entre as matas, geralmente seguindo os cursos dos rios e riachos, abrindo
picadas. Com o seu uso constante, mas sem conservação, denominavam-se estas
picadas de caminhos. Não admira, pois, que estes caminhos eram sinuosos,
esburacados e cobertos de lama.
A primeira estrada aberta pelo poder público,
não sabemos por que graça, foi a de Criciúma rumo ao Rio do Cedro, porém sem maior
utilização. Basta dizer que, com a abertura desta estrada, tínhamos uma ligação
direta com Criciúma; porém, para lá chegarmos encontrávamos meia dúzia de
porteiras, barrando a estrada, sinal de pouco uso.
Nos últimos anos da década de 1930, o governo
estadual retificou e melhorou a estrada rumo a Araranguá e Nova Veneza, mas isto
apenas no tocante à remoção de terras e nas construções de pontilhões. A
consolidação do leito da estrada com o seixo tirado do rio, pouco a pouco se
veio fazendo, para chegar ao estado em que ela presentemente se encontra.
Com a emancipação do município de Criciúma,
desmembrado do município de Araranguá, o seu primeiro prefeito, o inesquecível
e batalhador Marcos Rovaris, mandou abrir uma estrada, ligando Forquilhinha
com
a estação da estrada de ferro em Sangão. Pretendia-se abrir esta estrada em
rumo reto daqui ao Sangão. Começou-se a construção, da estrada no rumo
pretendido, mas quando a estrada ia avançando daqui e chegando aos terrenos dos
moradores da linha denominada de Banhadinho, estes se opuseram ao recorte longitudinal
de seus terrenos e só permitiram uma curva para seguir o rumo da extrema do
terreno. Quando, no entanto, se ia concluindo a estrada até o fim destes
terrenos, apareceu outro obstáculo: o povo de São Roque também queria
utilizar-se da nova estrada, que no rumo previsto ia passar longe de sua sede. As negociações
resultaram em estrada cheia curvas e voltas.
As demais estradas que ligam Forquilhinha a
outros centros, como a que liga S. Bento, a Meleiro via Sanga do Engenho, a
Santa Teresinha e a situada na margem direita do rio Mãe Luzia, rumo a
Maracajá, todas estas foram iniciadas por esforço próprio dos moradores e hoje
retificadas e melhoradas pela Prefeitura Criciúma.
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