13.- Schola
Cantorum.
O povo
alemão é possuidor de uma infinidade de cantos populares e orfeônicos, riquíssimos
em conteúdo. Talvez pelos ricos e melodiosos cânticos em língua alemã, os descendentes
de alemães também aqui continuaram a cantar muito. Lembramo-nos que, ainda no
Capivari, trabalhando naqueles morros altos, muito cantávamos e não só cânticos
alemães, como também os versos dos trovadores brasileiros, como sejam: Oh, que
noite tão bonita! Oh, que céu tão estrelado! Oh, que serve ter amor e viver
desprezado, Ou: Atrás daquele morro tem um pé de carrapicho. Já te botei a
cangalha, falta botar o rabicho". Centenas de tais versos, embora não bem
coordenados, alegravam-nos durante o canto. Também após a nossa vinda para cá,
continuamos a cantar.
Com a
construção da igreja, logo se tratou de formar um coro para cânticos
litúrgicos, sendo o primeiro mestre de canto Nicolau Preis, o qual, tomando
parte numa banda de música, tocava clarineta e com este instrumento ensaiava os
cantos de igreja. Em 1921, com a vinda e emprego na nossa escola, o professor
Back, que tocava violino, tomava parte nos ensaios e continuou sendo o mestre
de canto até 1941. Simultaneamente, se criou um coro só para homens com
cânticos mundanos a quatro vozes, e cantávamos por ocasiões de festas,
casamentos, etc.
Houve um tempo em que determinadas famílias da
colônia convidavam os cantores aos sábados à noite, irem cantar em seus lares.
Eram estes encontros verdadeiros dias de festa; pois, de um lado alegrávamo-nos
com os belos cantos e por outro era servido um lauto jantar. Com a vinda das
primeiras cinco Irmãs religiosas para a nossa comunidade em 1935, a nossa
cantoria foi prendada no coro da igreja, com um bom harmônio e a irmã M.
Maximília foi, com extrema dedicação, a nossa organista durante 30 anos. Com a
criação da paróquia de Forquilhinha e com a vinda de dois padres franciscanos e
um irmão leigo, Frei Elias, a direção do coro coube ao Frei Júlio Jansen, coadjutor
da paróquia. Com ele ensaiamos uma missa de réquiem, e executamo-la sob a sua batuta
em Criciúma por ocasião da morte de Henrique Lage. Infelizmente, Fr. Júlio não permaneceu
por muito tempo aqui para dirigir o coro. Na falta de um padre capacitado a
fazer os ensaios e dirigir o coro, este encargo coube a Bonifácio Back, que o
executa com perfeição e grande dedicação. Por longos anos também é o dirigente
do coro dos homens, que atualmente se encontra um tanto abalado e paralisado
com a morte do inesquecível tenor Gregório Back.
No ano de
1944, com a vinda de Frei Pascásio como coadjutor em nossa paróquia, o coro da
igreja tomou um impulso considerável. Tocava o harmônio com perfeição e animava
todo o coro. De imediato encaminhou uma campanha, a da aquisição de um grande harmônio
da firma Bohn de Novo Hamburgo. No dia 8 de dezembro de 1946, houve a festa de inauguração
do novo harmônio. Depois da saída
de Fr. Pascásio, aqui retomou
por poucos dias e sempre volta ao harmônio, reanimando o coro. Assim também
recentemente, por ocasião da ordenação e primeira missa de Frei Paulo Back, foi
o dirigente do coro nos ditos festejos.
De volta a
São Paulo, capital, como cura de almas, foi surpreendido com a sua nomeação para
Bispo no Maranhão. No dia 12 de setembro de 1968, foi sagrado Bispo em sua
terra natal, a Alemanha.
Padres franciscanos
que ainda se dedicaram à direção do coro, foram Frei Tarcísio e Frei Rodrigo.
Em substituição da Irmã Maximília, a Irmã M. Elisabete desempenha otimamente o
cargo.
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