7.8.- Contabilidade.
Desde a fundação da Sociedade, a escrita
comercial era feita pelo gerente, bem como os balanços de fim de ano eram por
ele encerrados. Eram estes fechamentos dos balanços extremamente trabalhosos
pelo fato de serem os lucros verificados distribuídos em relação aos movimentos
de compra e venda de cada associado e não pelo capital realizado. Tinha-se em
mente esta modalidade de distribuição de lucros como incentivo para maior produção
de cada um e para garantir a compra dos associados na firma visto que iriam ter
um retorno no fim do ano. Para que aos sócios realmente fossem atribuídos
todas, mesmo as pequenas compras, introduziram-se fichas de latão em que
estavam estampados os valores de cada uma. Os sócios retiravam estas fichas, em
importâncias variáveis e lhes eram debitadas em contas-correntes as
importâncias desejadas e, com estas fichas, iam pagando todas as menores compras.
As importâncias das fichas retiradas eram incluídas nas demais compras feitas
durante o ano e lançados em contas-correntes. As vendas de produtos coloniais,
também as pequenas, como ovos, manteiga, etc. eram creditadas aos sócios e, no
fim do ano, somadas, assim que cada associado no fim do ano verificava pelas
listas o quanto tinha comprado e vendido.
Nos primeiros doze anos do funcionamento da
Sociedade, a escrita era feita de noite, após o expediente; pois, os auxiliares
eram poucos para atender às vendas e às fábricas durante o dia. Em época de
balanço, no entanto, o gerente, tomando todos os livros, se retirava para um
lugar mais sossegado e elaborava o balanço e todas as extensas listas. Não
possuindo o diploma de guarda-livros, não podia assinar os livros e o balanço,
e estes eram assinados por Heriberto Hülse em Criciúma, que isto sempre fazia
sem nos cobrar algo por este favor. Esta situação só mudou em, 1947, quando
Fidelis Back terminava o curso de guarda-livros em Curitiba e foi contratado
como guarda-livros de nossa firma.
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