4.11.- Irmãs Clarissas.
Santa Clara, que viveu nos anos 1194 - 1253,
é a fundadora da Ordem das Clarissas, considerada como a segunda Ordem de São Francisco
de Assis. Obedecem as Clarissas a uma vida contemplativa, com regras rigorosas.
Poucos são os mosteiros das Clarissas no Brasil, apenas 6 ao todo. Com o
mosteiro da Guanabara, fundado em 1920 por Irmãs oriundas da Alemanha,
totalmente ocupado, havia necessidade de expandirem-se. D. Anselmo Pietrulla,
hoje Bispo da Diocese de Tubarão, quando ainda Bispo da diocese de Campina Grande
na Paraíba, tinha naquela diocese também um mosteiro das Clarissas.
Dirigindo-se a D. Anselmo, a abadessa do Rio
de Janeiro, pedira-lhe a fundação de um mosteiro das Clarissas em sua diocese.
Este pedido foi aceito por D. Anselmo e destinado à paróquia de Forquilhinha.
A Prefeitura de Criciúma adquiriu pequena
área de terra de Leonardo Steiner, não muito distante da igreja matriz. O
Prefeito, Arlindo Junkes, filho de Forquilhinha, de imediato doou o terreno
para o fim a que se destinava. Sob a direção do Vigário de Forquilhinha, Frei
Rodrigo Vilbois, com a colaboração do povo, obedecendo a uma planta à
disposição, começaram a construção de parte do mosteiro, ficando uma segunda
ala, prevista na planta, para o futuro, quando se tornar necessário. Para o
início dos trabalhos, o trator da Prefeitura fez a terraplenagem. Antes mesmo de
esta construção estar pronta, no dia 22 de outubro de 1964, chegaram as
Clarissas em número de oito Irmãs, viajando de avião, vindas
do
mosteiro da Gávea. Foram abrigadas por poucos dias na Vila Lourdes, chácara com
ótima vivenda de repouso, pertencente às Irmãs do Hospital São José,
transferindo em seguida a sua parada provisória para uma casa próxima ao mosteiro
em construção, pertencente a novel empresa Frigorífico Sul-Catarinense S.A., Frisulca.
Já no dia 21 de junho de 1965, as Irmãs Clarissas
puderam transmigrar em procissão solene, com grande acompanhamento, para a nova
e definitiva residência.
Por motivo de doença, duas das Irmãs foram
embora para o mosteiro em Porto Alegre, permanecendo apenas seis irmãs em nosso
mosteiro, visto não se apresentarem até o momento, novos rebentos da árvore
implantada em nosso meio.
Com a contribuição de víveres e dinheiro de
muitos, mas de modo especial da família Gabriel Backes, que, com gesto espontâneo
e generoso contribui, as Irmãs se vêm mantendo. Nas horas vagas, i. e., quando
não estão orando por tudo e por todos, ou em contemplação, confeccionam
paramentos para o culto divino.
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